Vinho varietal: o que é, suas características e como harmonizá-lo.

Os aspectos que determinam as características do vinho são diversos: o solo, a variedade da uva, o método de colheita, as condições climáticas, o tipo de fermentação, entre outros. Diante de tamanha variação, é comum nos depararmos com termos, como vinho varietal, de corte, blend etc.

Pensando em justamente acabar com as dúvidas nesse sentido, organizamos as principais informações sobre o vinho varietal e ainda dicas de como escolher entre tantas opções. Confira a seguir!

O que é vinho varietal?

Os vinhos varietais são aqueles produzidos com predominância de uma variedade de uva, ou até mesmo a partir de um único tipo.

Para ter o nome da uva no rótulo do vinho, é preciso que a bebida tenha, no mínimo, 75% da variedade em sua composição, podendo os outros 25% serem completados com outro tipo de uva, conforme o que diz a legislação brasileira (Lei 7678/98). Lembrando que essa porcentagem pode mudar de acordo com o país.

Entre as opções mais famosas, podemos citar, sem dúvidas, os vinhos da região da Borgonha, na França, que são referências entre os mais famosos varietais. No caso dos tintos, o vinho 100% Pinot Noir é um exemplo clássico, assim como o Chardonnay e Riesling, considerando os vinhos brancos.

Como surgiu?

Na verdade, os vinhos varietais, de uma casta só, sempre existiram. Contudo, o hábito de estampar os rótulos das bebidas com os nomes das uvas das quais eles são compostos só começou na década de 1970.

A ideia surgiu dos produtores norte-americanos, que tinham o objetivo de competir com outros europeus e passaram a anunciar as variedades das uvas como uma estratégia de marketing. A partir disso, tornou-se comum escolher as bebidas a partir da identificação com as características das uvas.

Como harmonizar?

Não é possível determinar características fixas para a melhor harmonização de vinhos varietais, até porque cada tipo de uva confere um perfil sensorial diferente para a bebida. Sendo assim, é preciso analisar a composição para identificar os aspectos na hora de harmonizar.

Por exemplo, o vinho tinto Cabernet Sauvignon combina bem com carnes vermelhas, como costela e contrafilé, e com queijos curados e amarelos. Já o branco Chardonnay harmoniza bem com aves, peixes e frutos do mar. Massas com molho branco também combinam com esse tipo de vinho.

Como escolher entre vinhos varietais e de corte?

Diferentemente dos varietais, há os vinhos de corte (também chamados de blend ou assemblage) compostos por diversas cepas. O objetivo dessa mistura é chegar a uma bebida estruturada e com sabor e aromas complexos, somando as características de cada tipo de uva. Mas qual escolher: varietal ou de corte?

Eis uma pergunta que não tem uma resposta definitiva, pois não é possível dizer que o varietal é superior ao de corte, ou vice-versa. A verdade é que essa escolha depende muito da sua preferência e, provavelmente, o melhor a se fazer é estar aberto a degustar diferentes tipos de vinhos e assim construir um paladar mais aguçado.

Contudo, normalmente, recomenda-se o vinho varietal para pessoas que estão iniciando nesse universo da degustação, porque, dessa forma, fica mais fácil compreender as características peculiares de cada tipo de uva. Os vinhos de corte são um pouco mais estruturados e complexos e costumam ser mais explorados por paladares mais experientes — o que, definitivamente, não é uma regra.

Como vimos, muitos aspectos podem diferenciar os vinhos e cada um pode fazer toda a diferença na hora da degustação. Esperamos que não tenham restado dúvidas sobre o vinho varietal e que você esteja pronto para escolher e apreciar a opção ideal para o seu perfil.

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